O casamento enquanto empresa

Se me pedirem para definir casamento não encontro nenhuma dificuldade...
Para mim, o casamento é como uma empresa.

Passo a explicar:

- Encontram-se duas pessoas com objectivos comuns e que se dão bem,
- dá-se a formação de uma sociedade, celebrada por um contrato,
- os sócios, que deveriam estar em pé de igualdade em quotas, investem com afinco todo o seu tempo e disponibilidade
- há uma entrega com o objectvo que a empresa prospere e por isso estabelecem-se metas e traçam-se tarefas.

Tal como numa empresa, a determinada altura há-que fazer o balanço, para fazer um ponto da situação (seja anual, semestral ou trimestral, o que interessa é faze-lo). Tem que haver consistência, ser uma sociedade com pernas para andar (duas pernas de preferência, andar coxo não leva a muito longe...).
Tal como numa empresa, os sócios têm que saber comunicar para que as ideias sejam postas em cima da mesa, mesmo quando não são consensuais.
Tal como numa empresa temos que ser criativos, para que haja dinâmica, sem deixar a rotina ditar o fim dos compromissos.
Tal como numa empresa, o dinheiro - ou a falta dele- pode ditar o fim de tudo.
Tal como numa empresa, não pode fica no ar a sensação que um dos sócios não está a cumprir com a sua parte, porque tal como numa empresa, para continuar a haver sociedade é preciso haver mais do que um sócio.

Tem havido tantas falências de empresas... e tantos divórcios...!
Será que não somos capazes de dar conta dos primeiros sinais que nos alertam para uma falência?

Acima de tudo, acho que não se pode ficar com a sensação que a sociedade está de pé por causa de um esforço sobrehumano por parte de um dos sócios, enquanto o outro se limita a "sorrir e acenar".
Há sacrifícios que se esperam de parte a parte. Tem que haver...
Porque tudo o que prospera passa por provações....

Agora, juntando-lhe umas gramas de amor, temperado com romantismo e salpicado com umas pitadas de dedicação, carinho e companheirismo................ é assim que vejo o casamento.