12/05/12

Não é a minha praia

Eu fico admirada, chocada e, muitas vezes, incomodada com a campanha em riste que muitas pessoas fazem em prol da defesa dos animais. Ah e tal, são uns coitadinhos que andam na rua, muitos abandonados, muitos sem ter o que comer ou onde dormir...  E depois, quando tenho oportunidade de conhecer a vida desses defesores acérrimos da espécie animal dou-me conta que são pessoas que, não poucas vezes, são incapazes de ser sensíveis ao próximo, àquele ser humano que está ali, mesmo próximo e que às vezes precisa não mais do que uma palavra amiga, uma conversa, uma companhia ou simplesmente um sorriso.

Se gosto de animais? Gosto.
Se tenho pena que muitos vivam em condições muito ingratas? Tenho.
Mas daí a mover mundos e fundos, encher o mural facebook com apelos, pedidos e campanhas de sensibilização ou impedir que matem uma mosca porque coitadinha, não tem culpa de não haver janelas e ela não saber o caminho da saída... Eeehhhpahhh! Isso já é exagero!

Que tal assumir o ser humano como um ser imperfeito mas com muuuitas qualidades?
Que tal tentar ter um determinado equilibrio mental/emocional que nao faça os seres humanos se afastarem?

É porque, se calhar, se os animais tivessem oportunidade ou capacidade, também poderiam exprimir repulsa pela instabilidade daqueles que tanto valorizam os animais por não conseguir ser valorizado pelos humanos que os rodeiam...

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