17/02/13

Solidariedade para com as galinhas do campo

quem diz galinhas do campo diz todo e qualquer galináceo criado num qualquer quintal e servido como meio de autosubsistência. Ou todo e qualquer animal de penas que não seja sujeito a depenagem artificial, daquela que se põe um pó na ração e eles despem-se sozinhos- isso existe?


Bem, desmistificando a coisa só quero deixar o meu testemunho enquanto... galinha. Isso, galinha depenada numa marquesa de estética por uma pseudo-esteticista.
Ontem aventurei-me a experimentar o cabeleireiro que abriu há dois meses aqui por baixo da minha casa. Wrong! Nunca aquela frase santos da casa não fazem milagres fez tanto sentido. É perto? Não vás!

Pois que eu marquei, com antecedencia. Fiz tudo como deve de ser. Cheguei lá à hora marcada e a... pessoa estava a trocar a fralda da sobrinha que estava à guarda dela no fim de semana. Eu esperei. Mas já tinha avisado que tinha o tempo contado, tinha que levar a minha pipoca ao ballet.
Quando foi pra começar..... a cera estava muito quente!
Mexe e remexe (a cera)... conversa de circunstância... toca a experimentar! Ok, temperatura razoável. Técnica? Aqui residiu "o" problema. Pois técnica, só se fosse para tortura. E foi a partir daqui passei a sentir-me como a galinha do pedaço- no sentido depenativo, claro!
Palmilhou a minha virilha espalhando cera em pedaços tão pequenos como se estivesse a tapar porosidades. E na hora de puxar... [meninas que me lêem: todas hão de concordar que na hora de puxar é sem dó nem piedade, como se a cera fosse o talão premiado que se rouba da mão de alguém] ...pois na hora de puxar ela praticamente levantava a cera com a ponta das unhas. Voces estão a imaginar? É isso, tipo depenicar.

Bom, se a minha ideia era aprofundar a depilação... como direi... "beyond territory", a ideia ficou-se por terra assim ao segundo puxão. E usando o compromisso inadiável e inatrasável de levara Lu ao ballet, levantei-me da marquesa, quase que trazia a roupa debaixo do braço, paguei e saí. Com a certeza que nunca hei de voltar.
E assim, enfio a viola no saco e dou a mão à palmatória: vou voltar para a esteticista anterior. Não fica à mão de semear, mas fica perto o suficiente para não voltar de lá a ganir nem com um andar novo.

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