23/06/14

E já lá vai um ano

Coisas que não sabes, destes últimos 12 meses, desde que te foste embora:

- ainda tenho o teu número de telemóvel, tmn, gravado no meu telemóvel.

- guardo numa gaveta a tua camiseta, aquela cor de rosa, da corrida da mulher, que trouxe da tua casa e que nunca lavei. Infelizmente o teu cheiro nela já é muito leve, mas se me esforçar consigo senti-lo

- quando uso a toalha de mesa amarela que me deixaste -aquela "especial" onde comemorámos tantos aniversários, tantos almoços e jantares de família - lembro e relembro as tantas gargalhada que demos juntos e tantos momentos felizes que já tivemos, tipicamente, à volta da mesa

- a minha imagem de capa no tablet é a foto que tiramos, os 3 irmãos (Chico, Carol e eu) na véspera da vossa ida

- há dias que fecho os olhos e sinto o toque do Francisco, o cheiro dele e a aspereza da pele, semi-barbeada, que ele tem. E consigo sentir, imaginariamente, a força dos lábios quando ele encosta para beijar a minha bochecha

- há dias em que os miúdos falam em ti e no Chico e eu tenho que fazer um esforço pra não deixar saltar as lágrimas...


16/06/14

Mais uma volta, mais uma vi(r)agem...

Era de conhecimento geral que um dia ia ter que dar uma grande volta.
Como diz uma sábia amiga, divina de formação, " Até se pode entrar com Factor C(unha) mas pra se manter num trabalho há que ser pela atitude".
A verdade é que a atitude nunca foi a melhor, em muitos momentos foi descabida e despropositada.
É difícil representar uma equipa sem se identificar com ela. É difícil incentivar sem dar nada em troca, sem esburacar/incomodar e perturbar até conseguir trazer em mãos algo que faça recompensar o esforço.
Aquilo que nós precisávamos, já em 2010 era que nos defendessem enquanto classe, enquanto parcela do grupo onde estamos inseridos. Precisávamos, tal como hoje, que nos representassem, que fizessem ver e entender o nosso ponto de vista, que fosse descortinado que se tanta gente vai embora, alguma coisa não está bem.
E o que não está bem é a falta de reconhecimento. A falta de incentivo - financeiro, pois claro, porque o bem viver não se paga com palmadinhas nas costas.

No meio disto tudo tenho a dizer que deposito toda a confiança em quem vem. Que espero que seja humilde o suficiente para se misturar com os operários mal vestidos que trabalham para entregar à linha da frente material bonito e funcional para que eles fiquem bem na fotografia. Espero que o Sr.-que-se-segue tome as nossas dores, saiba onde o calo aperta e nos consiga representar/compensar à altura.

Ainda assim não consigo deixar de manifestar desagrado na maneira pouco humana como se gere a disposição de um lugar. Pensei que essas abordagens imediatamente antes do fecho da porta tivessem acabado quando o Zuca Nanico se foi embora.
É uma maneira muito feia de tramar alguém - não me ocorre uma maneira bonita de o fazer, mas sei que se consegue fazer com classe, sem deixar no ar aquele cheirinho a traição.
Se se confirmar que, de facto, o substituído foi chamado ao RH horas antes de ir de férias para ser informado das alterações, então posso dizer que me envergonho do recurso pouco humano que se empregou nesta situação em particular.
Agora há que deixá-lo descansar em paz, ultrapassar a mudança e esperar bons frutos do que aí vem.
Viva a mudança. Viva a esperança num futuro melhor.

14/06/14

Texto que encontrei nos meus rascunhos do blog. Se escrevi é porque o senti - um dia que não hoje, mas senti

Há dias em que o cansaço me consome. Que só "ser" já me cansa. Que respirar parece ser um esforço e que sinto que as minhas mãos deixam de ter forças para me erguer contra o que a puta da rotina impõe na vida dos demais...
Gostava de, uma vez ou outra, poder fechar a porta atrás de mim, deixar que tudo o que está fora do sítio se acomode até que passe a pertence onde está.
O cabrão do comodismo alheio é enervante. A mania de que tudo aparece feito e que não é preciso agradar o outro tira-me do sério. A leviandade com que as responsabilidades descambam sobre as costas de alguém também é uma merda que me incomoda.
E se sou mais tolerante do que era e às vezes acho que, com o tempo, se aprende a relativizar as coisas, também há dias em que me parece que andei 40 anos pra trás na história onde as mulheres se assumiam como mães daqueles que devem estar ao seu lado e não ao colo.

Se o clube ganha, há que comemorar. Se o clube perde, o desânimo tira forças.
Se há ginásio é porque se fica cansado. Se não há, é porque é tanto o cansaço que nem chega a haver ginásio.
Se o trabalho é pouco fica-se preocupado e as preocupações, bem... toda a gente sabe que moem a cabeça. Mas se o trabalho é muito, o corpo não tem força para as picuinhices de casa.

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Apartir daqui devo ter me engasgado na espuma raivosa que me sairia da boca neste ataque de escárnio e mal dizer.
Porra que às vezes fico f*dida!

02/06/14

GymDay #1

A pessoa vai ao ginásio, determinada.
Entra e é recebida com uma fachada de muitos dentes numa moldura "impacábel", de um sorriso 33 que oferece ajuda.
Fui sincera - Vim pra ficar: inscrever e treinar!
E fiquei! Inscrevi-me e treinei.
E agora estou aqui, com os braços colados ao corpo, movimentos limitados e dores em músculos que eu nem me lembrava que tinha.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!
As minhas resoluções de fim de ano tardaram mas não hão-de falhar!

01/06/14

Assustador!!!




... aquela conversa que se tem quando estamos descontraídas com a nossa "manicure/pedicure/esteticista" e confessamos que o corpo não responde da mesma maneira, as dietas não têm efeitos tão imediatos e se nota que o corpo está um pouco diferente. E ela, lá do alto da malvadelândia reforça:
- estás com quantos anos, Cleia?
- ... 34...
-  pois... (silêncio aterrador)... a partir dos 35 a pele perde 1% de elasticidade. Ao ano.




Glup...! Juro que me senti mais prejudicada do que quando vejo a minha taxa de juro do empréstimo à habitação...