16/06/14

Mais uma volta, mais uma vi(r)agem...

Era de conhecimento geral que um dia ia ter que dar uma grande volta.
Como diz uma sábia amiga, divina de formação, " Até se pode entrar com Factor C(unha) mas pra se manter num trabalho há que ser pela atitude".
A verdade é que a atitude nunca foi a melhor, em muitos momentos foi descabida e despropositada.
É difícil representar uma equipa sem se identificar com ela. É difícil incentivar sem dar nada em troca, sem esburacar/incomodar e perturbar até conseguir trazer em mãos algo que faça recompensar o esforço.
Aquilo que nós precisávamos, já em 2010 era que nos defendessem enquanto classe, enquanto parcela do grupo onde estamos inseridos. Precisávamos, tal como hoje, que nos representassem, que fizessem ver e entender o nosso ponto de vista, que fosse descortinado que se tanta gente vai embora, alguma coisa não está bem.
E o que não está bem é a falta de reconhecimento. A falta de incentivo - financeiro, pois claro, porque o bem viver não se paga com palmadinhas nas costas.

No meio disto tudo tenho a dizer que deposito toda a confiança em quem vem. Que espero que seja humilde o suficiente para se misturar com os operários mal vestidos que trabalham para entregar à linha da frente material bonito e funcional para que eles fiquem bem na fotografia. Espero que o Sr.-que-se-segue tome as nossas dores, saiba onde o calo aperta e nos consiga representar/compensar à altura.

Ainda assim não consigo deixar de manifestar desagrado na maneira pouco humana como se gere a disposição de um lugar. Pensei que essas abordagens imediatamente antes do fecho da porta tivessem acabado quando o Zuca Nanico se foi embora.
É uma maneira muito feia de tramar alguém - não me ocorre uma maneira bonita de o fazer, mas sei que se consegue fazer com classe, sem deixar no ar aquele cheirinho a traição.
Se se confirmar que, de facto, o substituído foi chamado ao RH horas antes de ir de férias para ser informado das alterações, então posso dizer que me envergonho do recurso pouco humano que se empregou nesta situação em particular.
Agora há que deixá-lo descansar em paz, ultrapassar a mudança e esperar bons frutos do que aí vem.
Viva a mudança. Viva a esperança num futuro melhor.

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