14/06/14

Texto que encontrei nos meus rascunhos do blog. Se escrevi é porque o senti - um dia que não hoje, mas senti

Há dias em que o cansaço me consome. Que só "ser" já me cansa. Que respirar parece ser um esforço e que sinto que as minhas mãos deixam de ter forças para me erguer contra o que a puta da rotina impõe na vida dos demais...
Gostava de, uma vez ou outra, poder fechar a porta atrás de mim, deixar que tudo o que está fora do sítio se acomode até que passe a pertence onde está.
O cabrão do comodismo alheio é enervante. A mania de que tudo aparece feito e que não é preciso agradar o outro tira-me do sério. A leviandade com que as responsabilidades descambam sobre as costas de alguém também é uma merda que me incomoda.
E se sou mais tolerante do que era e às vezes acho que, com o tempo, se aprende a relativizar as coisas, também há dias em que me parece que andei 40 anos pra trás na história onde as mulheres se assumiam como mães daqueles que devem estar ao seu lado e não ao colo.

Se o clube ganha, há que comemorar. Se o clube perde, o desânimo tira forças.
Se há ginásio é porque se fica cansado. Se não há, é porque é tanto o cansaço que nem chega a haver ginásio.
Se o trabalho é pouco fica-se preocupado e as preocupações, bem... toda a gente sabe que moem a cabeça. Mas se o trabalho é muito, o corpo não tem força para as picuinhices de casa.

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Apartir daqui devo ter me engasgado na espuma raivosa que me sairia da boca neste ataque de escárnio e mal dizer.
Porra que às vezes fico f*dida!

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