22/03/12

É o chamado poder de encaixe

Sempre fui uma complexada com o meu cabelo.
Quem me conhece sabe porquê. Quem tem cabelo de rato também.
Foi difícil ser adolescente com cabelo rebelde. Sempre invejei aqueles cabelos obedientes, que ficam onde são postos, que não têm vida própria nem mania que eles é que mandam.
E franjas?! Ah, franjas!!! Uma coisa que eu nunca vou poder ter. A não ser que esteja disposta a andar com uma esfregona pendurada por cima dos olhos...!!!

Isto tudo a propósito de... no fim de semana fui cortar o cabelo! Cheia de coragem -ou não- mas senti que tinha traído o meu querido David! Estava capaz de ir à igreja no Domingo só para confessar: - Padre, pequei! Traí, padre! Traí... o meu cabeleireiro!!!
Não ficou de perto nem de longe o que eu esperava. Ou melhor, de tudo o que eu podia esperar só ficou... mais curto...! Muito mais curto!
É verdade que ele já não tinha corte. Agora já tem.
E assim senti a diferença do bem para o muito bem.

Mas se, na minha adolescência, alguém me pusesse a hipótese de ter o cabelo curto e, pior, não ter ficado como eu queria... tinha um ataque de pânico! Refugiava-me em casa com uma régua a controlar o quanto o cabelo crescia a cada dia que passasse...
É o chamado poder de encaixe. Ou maturidade.  Ou então é só falta de alternativa, porque eu tenho à mesma que sair à rua e a vida não para só porque o cabelo não está como nós queríamos.
Todos os males fossem esse...
Ou como diz o tuga: podia ser pior. Podia estar careca por consequência de uma doença ou só porque me esquecesse da cabeça em cima do bico de bunsen (hahaha, agora baralhei quem não é da área dos maçaricos...!)

De qualquer modo, fica aqui o registo, para a posteridade:


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